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Curiosidades

O que uma equipe de uma universidade, um drinque, uma novela e uma comédia de William Shakespeare tem em comum? Nem imagina? Pois bem, todas elas tem em o comum o Caldeireiro. No desenrolar desta postagem você notará que a caldeiraria tem história. 

A Megera domada

Durante a idade média surgiu a necessidade de regulamentar o processo produtivo e artesanal, nascia então as corporações de ofício, e a latoaria precursora da caldeiraria estava entre elas. Mais tarde entre 1593 e 1594 o dramaturgo Inglês escrevia:

Elizabeth Taylor e Richard-Burton-Megera Domada,1967.
“[...] Óh animal monstruoso”! Está deitado como um porco. Medonha morte, como tua pintura é feia e repulsiva! Vamos fazer uma experiência, amigos, com este bêbedo. Que tal a idéia de o pormos numa cama e de o cobrirmos com lençóis bem macios, colocarmos-lhe anéis nos dedos, um banquete opíparo junto ao leito lhe pormos e solícitos serventes ao redor, quando ele a ponto estiver de acordar? Não esquecera sua própria condição este mendigo? [...]. Willian Shakespeare, A Megera Domada.

O animal monstruoso era o caldeireiro um bronco e bêbado, do ponto de vista da nobreza. Ou seja, quem não fosse nobre era truculento e ébrio.  

"Como é próprio da comédia de costumes, a peça satiriza as tradições e as situações rotineiras daquele contexto social, proporcionando uma análise dos costumes e comportamentos humanos" analisa Yanna do Blog Literatura para a sobremesa.
 http://literaturaparaasobremesa.blogspot.com.br/2010/05/megera-domada-william-shakespeare.html

Se você nunca assistiu assistiu a peça mas é um noveleiro de plantão, provavelmente conhece a estória, pois a novela o Cravo e a Rosa foi baseada na comédia. O "Bruto" Petruchio agora é um fazendeiro e não um Caldeireiro.

É claro que por mais que seja  braçal o trabalho de um fazendeiro ou mesmo de um antigo Caldeireiro isto não o torna um brutamontes,  não é nada mais que um estereótipo.

A equipe de caldeireiros de Pardue.



Caldeireiros é o apelido oficial  para as equipes esportivas intercolegiais da Universidade de Purdue . Como é comum com apelidos de atletismo , ele também é utilizado como designação coloquial dos alunos e ex-alunos da Purdue em geral. O apelido é muitas vezes abreviado para "Caldeiras" por fãs da escola.



Na abertura da temporada 1891, Purdue viajou para Wabash College, na próxima Crawfordsville. Além de vir com uma vitória 44-0, os "onze" de Purdue como o time de futebol eram conhecido na época, voltou para West Lafayette com um novo apelido.

 Após a goleada 44-0, o Lafayette Sunday Times noticiou: "Como todos sabem, Purdue desceu para Wabash no último sábado e derrotou os seus onze homens. Crawfordsville ainda não superou isso. O único recurso que eles têm é a alegação de que vencemos os seus homens "científicas" pela força bruta. Nossos jogadores são caracterizados como fabricantes de caldeiras.


Várias das escolas locais relacionou à tradição caldeireiro, sugerindo que Purdue estava subindo o rio Wabash e contratando trabalhadores dos pátios ferroviários Monon para jogar futebol. Claro que não era verdade. No entanto, a mascote oficial da Purdue é uma locomotiva, o Boilermaker especial.
(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Purdue_Boilermakers)


Novamente o Caldeireiro é colocado como alguém robusto, forte. Lógico que isto se dava por causa do trabalho duro, especialmente porquê que estes homens precisavam usar a força para conformar o a chapa, por exemplo, para construir um tubo. Hoje o caldeireiro tem ferramentas modernas que lhe dão facilidades na construção de suas peças e até mesmo a tecnologia ele o profissional, tem como aliado para o seu trabalho.

Uma rua dos Caldeireiros.

Este relato vem do outro lado do atlântico e novamente mostra como esta profissão é antiga. Leia o texto abaixo retirado da Wikipédia, a enciclopédia livre.



"A primeira referência documental a este rua data de 1234. Sabermos, no entanto, que o arruamento é muito anterior. Continuação natural da rua do Souto - com a qual partilhava o nome - estabelecia a ligação entre o núcleo primitivo do burgo, no morro de Pena Ventosa e a porta do Olival da Muralha Fernandina do Porto e, daí, para as estradas de Braga e de Vila do Conde e Viana do Castelo, integrada no Caminho de Santiago.


Quando em 1522 foi rasgada a rua das Flores, a parte da antiga rua do Souto que lhe ficava a ocidente passou a assumir outras designações. Rua da Laje e da Ferraria de Cima foram nomes que ao arruamento adotou nos séculos seguintes. "Ferraria de Cima", por oposição à "Ferraria de Baixo" (hoje a rua do Comércio do Porto), ambos locais onde funcionavam as oficinas dos ferreiros". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_dos_Caldeireiros)

Legal não é mesmo? No Brasil também temos um rua dos caldeireiros, fica em Mariana, MG. Mais do que justo esta homenagem ao trabalho destes profissionais que participaram e participam do crescimento industrial. Merece até mesmo uma comemoração, que tal um drinque?

O Drinque Boilermaker. 

Caldeireiro quando traduzido para o inglês vira Boilermaker. E é com este termo que se denominou o coquetel de cerveja com uísque. Para isso misture cerca de um copo de cerveja com uma dose de uísque, pronto você acabou de fazer uma bebida em homenagem aos caldeireiros.

Como nasceu este nome deste coquetel, eu não sei. Mas é interessante imaginar o Caldeireiro antigo depois de uma extenuante jornada de trabalho fazer esta mistura de destilada com fermentada e depois esta mistura cair no gosto do pessoal. Logicamente que a bebida deve vir acompanhada de responsabilidade, não beba se for dirigir ou se for menor. E mais importante ainda, não abuse jamais dela.











Cald'nazza